sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Experiências de Meias Maratonas


Quando eu resolvei colocar como meta de vida correr uma meia maratona, para cumprir uma promessa caso eu conseguisse voltar a fazer exercícios, talvez eu não fizesse muita idéia do que se tratava uma Meia Maratona. 

Em uma análise fria, uma Meia Maratona significa que você irá percorrer 21km e só. Entretanto, quando você calça um tênis e começa a se preparar para o desafio, percebe que há muito mais envolvido. Entra em campo até variáveis que são razoavelmente ignoradas em um percurso de 5 ou 10 km, como por exemplo a distância entre os postos de hidratação, a diferença de temperatura entre o começo e o fim da prova e até o tempo de deslocamento que você utiliza durante a prova.

Se você pensar com razão, você não deveria nunca encarar uma prova longa dessa, pois leva seu corpo há níveis de desgaste inacreditáveis, pois vejamos:

Você passa, em caso amador, em média 2h a 2h30 correndo/trotando/andando, em movimento constante, consumindo energia de forma incessante;

Você sente dor nas pernas;

Você passa calor;

Você obrigatoriamente acorda cedo pra prova;

Você pensa em desistir;

Você pensa denovo em desistir;

Você pensa em morrer;

Você quase chora quando passa pelo km 10 e pensa 'meu Deus, não cheguei nem na metade';

Etc, etc.

Mas então, por que encarar uma loucura dessa? Por que somos humanos e gostamos de desafiar nossos limites, gostamos de sofrer por que o sentimento de conquista quando atingimos objetivos é algo inacreditável, por que o sentimento de ser diferenciado é motivador!

Quantas pessoas você conhece que corre uma Meia Maratona? Mesmo em grupos de corridas, essa resposta é sempre a mesma: POUCAS! Não é pra qualquer um! E que tal você ser esse ser diferenciado e que causa espanto quando as pessoas sabem que você chegou a esse notável feito? Está aí então a minha motivação!

Quando completei aquela fatídica Meia Maratona Asics em 2015, achei que tinha completado meu objetivo maior e que dali em diante eu poderia voltar as corridas curtas... mas eu já tinha sido mordido pelo bichinho da Meia.


Superação

Ainda que tenha sido sofrido, ainda que eu tenha tido dores, ainda que no km 13 eu tenha quebrado, ainda que eu tenha caminhado, ainda que eu tenha passado por todas as fases ditas ali em cima umas 30x, valeu a pena. Quando passei pelo pórtico de chegada, tudo isso passou e o sentimento de dever cumprido suprimiu tudo isso.

Com o passar do tempo e de volta aos treinos, eu percebi que as corridas de 5km e 10km já não me atraiam e não me satisfaziam e eu achei que tinha perdido a vontade de correr. Em dezembro, quando fui participar da São Silvestre, 15km, eu percebi que não era desanimo por corrida, era o gosto das corridas mais longas!

Então voltei a me programar para mais uma meia maratona, que deveria ser a mesma que eu fiz pela primeira vez, para ver se passava o efeito da tensão da primeira meia e melhoraria o desempenho. E la fui eu e a Mary para a City SP Half Marathon.

SP City Marathon
Essa corrida, apesar de ter mudado o circuito, foi bem mais tranquila e eu corri a prova inteira, fiz um tempo 20 minutos abaixo da primeira corrida e não terminei nem cansado. De fato, era o nervosismo da primeira e a melhora da qualidade dos treinos.

Apenas duas semanas depois, fui convidado para correr uma meia Maratona da Track & Field Campinas, a primeira da TF Run Series. Apenas duas semanas de recuperação talvez fosse pouco, mas resolvi topar o desafio e fui la com o Rafael Hirata encarar o desafio. E foi tenso, foi sofrida, andamos.

TF Dom Pedro - Sofrimento puro
Isso apenas me provou que não existe Meia Maratona que seja fácil e que você possa dizer: tiro uma meia de letra! O que existe é preparo adequado.

Ainda que tenha passado por todos esses desaforos das ruas, ainda sim eu afirmo: Essa distância é a minha favorita até o momento e pretendo em 2017 fazer pelo menos mais 4... mas 2017 vem coisa mais bruta por ai!


quarta-feira, 27 de abril de 2016

O fiasco chamado "Corrida Oba 2016"



Pensem numa corrida legal, bem organizada, bem estruturada, com fartura de água e um evento memorável, tanto para quem já corre como para quem está iniciando nesse mundo. Quem já correu alguma etapa da Corrida Oba dos anos anteriores, possivelmente pensariam em indicar essa corrida para concretizar esse pensamento, certo? 

A resposta é SIM, mas só até 2015, por que a versão 2016 foi uma das PIORES corridas que eu já tive o desprazer de participar.

Vamos ao evento e entenderão o motivo.

A Corrida Oba sempre foi marcada pela fatura de alimentação pré e pós corrida, por água geladinha durante o trajeto e de pessoas sempre sorridentes da organização. Entretanto, esse ano de 2016, o que vimos foi uma total mancha na tradição dessa prova. A começar que a largada foi aquela bagunça tradicional de toda corrida que larga da Arautos da Paz, que inclusive eu já disse inúmeras vezes que não suporta largadas, naquele local, com corridas acima de 1.000 pessoas, pois para você conseguir largar, precisa escalar barranco, passar no meio de mato ou simplesmente aceitar que você vai largar muito atrasado (dessa vez demoramos mais de 6 minutos para passar pelo pórtico, esperando na calçada um mundo de gente largar), pois a rua é curta e poderiam muito bem largar la perto do ginásio do taquaral, igual eram as Corridas Integração de outrora.

Enfim, era um calor insuportável, com temperatura altíssima pela manhã, o que indicava que a hidratação deveria ser observada com muito cuidado, ainda mais por ter diversos atletas novatos, idosos, gordinhos e gordinhas despreparados e que sofreriam durante o trajeto da corrida.

Apenas para conhecer o trajeto, a imagem abaixo ilustra os trajetos de 6k e 8k, sendo que 6k era caminhada e 8k corrida. A caminhada dava uma volta na Lagoa e a corrida ia até o Hotel Vitória e retornava.

Trajetos disponíveis


Durante a largada, ouvia-se em alto e bom som a organização falando "teremos pontos de hidratação a cada 2km".

E largamos. Meu Deus, quanta gente! E a prova tem vários gargalos de passagem, queria ver como seria.

Eu estava bem tranquilo, pois combinei com o Rafael Hirata que iríamos fazer uma corrida For Fun, socialzona mesmo, apenas para conversar e fazer um volume para preparo da meia maratona que se aproxima.

Logo na descida da Norte Sul, já tinha um prenúncio do que teríamos pela frente.

Um mar de gente.


Logo no primeiro posto de hidratação, já o primeiro problema: eram apenas duas mesas e que não deram conta de dar água para os corredores e pior que isso, orientavam que logo a frente teria mais. Entretanto, esse LOGO seria apenas no km 4,5 e para surpresa geral, já tinha acabado a água.

E o sol rachava.

E continuava a Norte sul, agora já no volta para o Taquaral e no KM 6, tradicional ponto de água, também não tinha mais. Nem no km 7... muita gente quebrando na prova e sofrendo com o sol forte e a organização simplesmente não teve a competência de prover um minimo de infraestrutura.

Ainda para piorar, os fiscais da prova e da companhia de trânsito eram grossos, ofendendo os participantes sempre que possível.

Outro grande problema foi a placa de kilometragem, totalmente fora do seu posicionamento! No km 6 ainda tinha placa do km 4 e o mais bizarro foi no km 7,7 ter a placa de 7k. 

Calor, falta de água e falta de organização. Essa foi a OBA 2016!


Vergonha, Oba, Vergonha.

O veredicto  é que eu me senti enganado pela propaganda da prova, que prometia água a cada 2km e não recebi nada em 8km. Não recomendo mais essa prova pra ninguém e passei a ser um grande crítico negativo dela. Pelo menos até que tomem vergonha e realizem uma edição decente e não essa coisa ridicula que foi essa etapa.


quarta-feira, 6 de abril de 2016

Novos objetivos

Fiquei um tempo sem escrever no blog, mas confesso que estou feliz por que várias pessoas me solicitaram continuar, pois utilizavam dele para manter sua prática esportiva.
Eu costumo dizer que iniciar é metade de toda a caminhada, mas persistir que é o difícil. Confesso que em diversos momentos eu pensei em parar de treinar e correr, pois a rotina de treino não é nada agradável, mas quando você vê sua evolução e o grupo de amigos novos que formou, isso revigora sua vontade e voce permanece em frente.

Minha última corrida oficialmente inscrito foi a São Silvestre, que renderá uma postagem a parte aqui e foi o último marco da minha promessa & meta para 2015, concluída com sucesso!

Entre a última postagem e hoje, não deixei de treinar nem uma única semana, persistindo sempre e quando não posso ir no grupo oficial de corrida, eu faço meu treino sozinho, mas devo dizer que passei por períodos difíceis, mas sempre consciente do que seria, pois estava sendo treinado por um profissional.

Corrida em Indaiatuba
Em dezembro, pouco antes da prova da Sao Silvestre, fui fazer minha segunda corrida em Indaiatuba, que se deu no circuito tradicional da cidade, em volta de um bonito parque, próximo a prefeitura, com distância de 5 e 10km.

Na primeira vez que corri no circuito, curti muito o trajeto, pois ele é quase plano, com um pequeno mas longo aclive no km 3 ao km 4, mas nada que complique demais a vida. Como o tempo estava agradável, o tempo foi satisfatório, com 25min06s o circuito de 5km.

Entretanto, na segunda vez, fui experimentar o circuito de 10km, junto com o amigo Fábio Backes, que iria debutar nos 10km, mas o calor estava assustador! Completamos os 4km iniciais bem tranquilos, com pace médio de 5km/min, mas quando pegamos uma parte menos arborizada e com calor e sol absurdamente fortes, eu repensei a estratégia, pois quebrei no km 4. Comecei a sentir fraqueza e resolvi que encerraria minha participação nos 5km mesmo. O tempo foi bem ruim, com 27min de tempo total para 5km.

Mas valeu a experiência!

Treino, treino e mais treino

Após essa corrida, veio a São Silvestre, mas como eu disse, esse será um post a parte, pois veio a coroar um ano muito bom para mim.

Em meados de dezembro, iniciei uma parte do treinamento que é chamado de base, onde você fortalece musculatura, ganha peso, fica mais forte na parte física, tudo buscando ganhar velocidade para a corrida, através de treinos de hipertrofia na academia.

Foram 2 meses e meio de hipertrofia pura, com músculos ficando mais fortes e consequentemente, eu ficando mais 'pesado'.

Comecei a sentir um sério desanimo nos treinos de corrida, pois eu tinha perdido a resistência de correr distâncias, apesar de estar bem rápido em tiros curtos. Eu que corria 15.. 16km de boas, mal conseguia fazer sem sofrimento 3km.

O treinador dizia: é normal, relaxa e faz o treino que te passei. Confiei nele, mas essa etapa do treinamento foi a que quase me fez desistir de treinar e correr, pois todo treino era um baita sacrifício.


Cresce, cresce, cresce

Entretanto, esses treinos difíceis serviram para que eu ficasse mais focado nos treinamentos e estabelecesse novas metas para 2016/2017. Sim, metas para 2 anos, pois o objetivo é ousado. Já adianto que uma das metas é concluir uma maratona em 2017.

Serviu também esse período para reforçar a amizade com o pessoal do grupo de corrida, já que não dava para performar, servia pelo menos para a corrida social. Vi também a evolução da galera de forma bem expressiva, vi novas pessoas se juntando a nós e muita superação no dia a dia do treino.

Quase uma família

Hoje, dia 06 de abril de 2016, minha rotina de treinos passou a ser legal denovo, já estou conseguindo correr mais tranquilamente distâncias mais longas e de fato com mais velocidade. O período de base também foi bom para aperfeiçoar a técnica de corrida, corrigir algumas posturas e cuidar de algumas antigas lesões.
Vida de corredor é isso, a gente sofre para poder tirar uma foto legal no fim da corrida, sorriso de superação!

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Track& Field Run Series - Etapa Galleria - Hora de repensar


Dia 16/11/2015 foi realizada em Campinas/SP uma tradicional prova de corrida de rua de Campinas, a famigerada Track & Field Run Series, etapa Shopping Galleria.

Essa corrida já foi uma das mais charmosas de Campinas, sendo que um dia considerei já como uma das melhores para correr, levar a família e se divertir num domingo de manhã, mas confesso que depois dessa última etapa, mudei bastante essa idéia.

Renato, Karen, Carol, Mari e Amanda

Infelizmente o circuito já não comporta a quantidade de gente inscrita, uma vez que a largada se dá dentro das estreitas ruas do estacionamento do Shopping, com obstáculos de solo para os carros que viram armadilhas para os corredores mais desavisados. Esse ano, diz-se extraoficialmente, que foram 1.700+ inscritos, um absurdo de gente para uma corrida com vias tão estreitas.

Renato, Thati, Fabio, Mari e Lari

Eu não iria correr essa etapa, mas como diversos amigos nossos iriam correr e alguns são novatos na área, decidimos acompanhá-los, afinal uma boa parte deles começaram a correr por influência nossa e a esse blog em alguns casos.

Não acompanhei a retirada do kit e nem a tramitação das inscrições, mas foi me dito que abriram um 2o lote de inscrições. O kit é OK, com uma camiseta de poliamida e uma meia bem bacana da Track & Field. Vale o preço investido.

A estrutura montada no local é bem simples, sendo que o pós corrida também é bem fraquinho, ou seja, um isotônico, água e frutas.

No horário da prova no domingo, já sentia que ia ser tenso, pois com o passar do tempo a gente começa a ter referências anteriores da prova e nunca havia visto tanta gente para essa corrida, sendo que a largada tinha gente passando pelo pórtico com mais de 4 minutos de início da prova.

Como eu iria fazer uma corrida mais recreativa, decidi acompanhar a Mari durante todo o circuito, mas a danada tá correndo bem e ditou o ritmo da corrida com pace próximo aos 6'00/km, o que pra ela que está sem treinamento é sensacional! 

Ainda no estacionamento, nos primeiros 200 metros, já tinha gente caminhando! E da pior forma possível, todos amigos lado a lado travando toda a pista! Pude reparar também no aumento de pais que levam carrinhos de criança para a prova. Nada contra, mas senhores, vocês deveriam largar por último, pois, sim, atrapalham demais quem vai pra correr mais seriamente.

A prova não teve nenhuma grande novidade, apenas a passagem por baixo da Rodovia Dom Pedro que está caótica, suja de lama e ficou perigoso.


A grande mudança, na verdade pro lado ruim, foi que esse grande número de corredores, inscritos ou não, travou todo o circuito até o km 4, dificultando demais a corrida durante todo o trajeto, limitando bastante a velocidade dos participantes. 

Dessa forma, eu digo e dou meu veredicto, que não vale lá grandes coisas, mas é de alguém que participa desde a 1a TF Run Series Galleria: REPENSEM MUITO NESSA PROVA!! Do jeito que está, faliu! Ficou péssimo correr nela !!

Em tempo: Parabéns para a Amanda, o Fábio e a Thati pelo empenho! Valeu galera!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

1a Maratona de Campinas


Dia 19 de julho de 2015 foi realizada em Campinas a 1a Maratona de revezamento da cidade, com distâncias de 42k (solo), 21k (dupla), 14k (trio) e 7k (sexteto). O evento visava comemorar o aniversário de Campinas/SP, dia 14 de julho.

Desde o começo o evento se mostrou meio complicado e dava toda a pinta de amadorismo, uma vez que foi anunciado 2 meses no máximo antes de ocorrer, com muitas dúvidas ainda sobre trajeto, inscrição, organização, regras, etc. Como sempre, a organização foi bem falha, mas tem se tornado quase que uma constante em alguns eventos.

A largada estava marcada para as 8:00 da manhã, um absurdo por conta do tempo de duração da prova para a maioria dos atletas, uma vez que 42k comumente se percorre em 4h na média, podendo chegar a incríveis 6h de prova.

Desde a entrega do kit, numa loja Sketchers do Shopping Galleria, você percebia que era tudo muito amador, pois tinham apenas 4 computadores/pessoas para credenciar todo mundo e orientar como retirar o kit, onde ai sim, tinham 8 pessoas para entregar o kit, fazendo total sentido essa inversão de números (ironia mode on).

Bem, chegado o dia da largada, nosso tradicional grupo de corrida Team Geneve estava lá representado, todos animados para mais um dia de corrida e diversão!

Team Geneve em peso!
Toda a preparação pré-prova foi legal, tínhamos a barraca do Cido muito bem montada, com bebidas, comidas e bastante gente para fazer a bagunça, mas já era hora de partir para a prova.

Nos alinhamos para largar e ali já percebemos que ia ser problemático, pois 8 horas da manhã e já estava um calor insuportável, isso porque faríamos a primeira perna da corrida. Coitado de quem largaria no ultimo revezamento.

O circuito sinceramente eu achei meio infeliz, já largando uma subida considerável logo de cara, o que já matou muitos corredores. Corri junto com o Rafael Hirata pois usaríamos essa prova como preparo e volume de treino para a Meia Maratona Asics dentro de algumas semanas, então sem obrigação de desempenho.

Após a subida, era um trecho curto de declive e um retorno menos de 1km a frente, passando por cima de um canteiro central de avenida, bem improvisado. Seguia depois pele avenida todo o trecho de volta, tendo um grande declive a frente de uns 500 metros, terminando em uma reta interminável pela avenida Norte Sul até o Hotel Vitoria, onde se fazia o contorno e pegava toda essa reta interminável novamente rumo ao pórtico, ficando 7k cada volta.

Ao analisar assim, parece mais do mesmo, no entanto, quando você passava pelo pórtico de transição do revezamento, a volta tinha ainda 6,4k e você já era obrigado a voltar pro curral do revezamento, com toda a delicadeza de um brucutu te orientando e empurrando pra isso.

Eu e o Rafa fizemos 14k e sinceramente deu uma vontade absurda de já parar na primeira volta, pois o circuito era chato e já estava bem quente, o que fez da diversão um sofrimento inacreditável, com direito a pé cozinhando e tudo mais.

Sinceramente, não gostei da prova, ainda mais quando soubemos que as duas últimas voltas tinha acabado a água da hidratação e pra meia maratona e maratona não tinha isotônico e nem posto de gel!

Pegamos nossa medalha, esperamos todos terminarem e fomos embora. Eu, particularmente, frustrado com tudo.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Treinando e atingindo resultados

Desde fevereiro estou juntamente com amigos fazendo parte de um grupo de treinamento para corrida, mas isso eu já disse inúmeras vezes em posts passados e não visitarei esse tema de novo, pelo menos não da forma que já foi uma vez abordado.

Quando eu voltei as corridas, em 2012, sentia uma grande dificuldade em completar distâncias, independente de quais fossem, pois enfrentava uma série de inimigos fortes: mente fraca, sem foco, sem preparo, sem objetivo, sem métrica e  principalmente sem a força motriz da vontade.
Sempre fui muito competitivo em minha vida, porém a maioria das etapas onde eu busquei performance acima do permitido pelo meu corpo, eu me ferrei bonito, e por isso carrego inúmeras lesões até hoje, as quais nunca foram tratadas adequadamente e por isso persistem.

Deixa eu apenas citar alguns números aqui. Eles são de um post mais antigo, especificamente de 14 de janeiro de 2015, que pode ser acessado através desse link: Melhores Marcas

Nesse post, eu trago uma narrativa sobre começar a treinar com a técnica correta e também elenco minhas melhores marcas até aquele momento para distâncias as quais eu havia corrido. Eram:
  • Melhor marca para 5km: 32min08s (Taquaral) - 30/12/2014
  • Melhor marca para 6km: 37min40s (Corrida Seo Rosa 2014) - 14/12/2014
  • Melhor marca para 10km: 1h11min (Corrida Integração) - 29/09/2013
  • KM mais rapido: 4min58s
Detalhe que eu nunca havia feito uma prova/treinamento acima dos 10km.

Em outro post, chamado Metas para 2015, eu faço outra narrativa em cima do treinamento, mas agora tentando estabelecer marcas a serem batidas em 2015 e o desafio estava lançado até 31 de dezembro de 2015. Eram os desafios:

  • Fazer 5km em menos de 30 minutos;
  • Fazer 10km em menos de 1h10min;
  • Fazer uma meia maratona, independente do resultado, importante é completar. 
  • Correr a São Silvestre.
Quando eu estipulei esse desafio, era baseado nas minhas marcas à época, considerando que eu havia sofrido uma grave lesão na coluna (a hérnia) e quando atingi essas marcas, eu corri com extremo sacrifício e sinceramente não acredita muito que conseguiria batê-la nesse prazo de 1 ano. Pra falar a verdade nem sabia se continuaria correndo por um longo tempo, se sentia a lesão, etc.

Fiquei uns 2 meses sem postar quase nada de relevante no mundo das corridas, mas resolvi voltar quando um amigo meu me perguntou como estava indo minha batalha pelas metas de 2015 e como estavam meus Recordes Pessoais, que o Leo Nista chama de Recordes Pessoais Mundiais. E ali eu percebi que tinha gente me acompanhando e torcendo por mim. Assim, resolvi voltar a postar e trazer atualização das informações.

Devo dizer que as 2 primeiras metas, 5k sub 30' e 10k sub 1h10', eu já atingi e com louvor até. restando apenas o 3º e 4º desafios, que se tudo der certo superarei em breve, pois já estou inscrito em uma meia maratona (Golden Four Asics - São Paulo) para o dia 2 de agosto de 2015 e já organizando para ir na São Silvestre desse ano, aguardando apenas abrir as inscrições.

Quando eu consegui pela primeira vez vez bater a marca de 5km em menos de 30', foi uma conquista individual fantástica pra mim, pois achei que fosse ser muito difícil tirar mais de 2 minutos em apenas 5km, pois seriam quase 30s por kilômetro, um valor consideravelmente alto e quem corre sabe disso. Porém, na 1a corrida do ano, a Net Shoes Race , consegui cravar um 27 minutos e 42 segundos, o que me deixou bem feliz.

Desse dia em diante, nunca mais fiz em prova um tempo acima de 30 minutos os 5km, o que me deixa até hoje muito feliz.

Em marco, teríamos uma corrida em Campinas chamada Meia Maratona Amil Campinas, distâncias de 10 e 21km. Até aí, sem problemas, pois já tínhamos corrido essa prova 2 anos seguidos, já conhecendo o percurso em sua totalidade. Mas tinha um problema: eu e a Mariana iríamos voltar de viagem de 20 dias no exterior algumas horas antes do dia da Amil, o que sinceramente assustava a gente pra saber se suportaríamos o esforço ou até mesmo se conseguiríamos acordar para ir. Apesar disso tudo, corremos bem soltos e marcamos ali bons tempos e eu superaria a marca então dos 10km sub1h10, completando a distância em 1h05'19''.

Ao completar essa prova, eu senti uma ponta de esperança, pois eu corri me segurando o percurso todo, com medo de quebrar por causa do cansaço e mesmo assim fiz um bom tempo. Assim, decidir conversar com o professor de corrida e ele havia me dito que eu bateria ainda esse ano uma marca que é divisora de águas para a galera da corrida, que é o sub60 dos 10km, ou seja, correr 10km em menos de 1 hora.

Eu achava uma marca praticamente impossível de bater, uma vez que conversei com muita gente e eles diziam que o sub60 é uma marca mental, que tem muitos corredores que simplesmente não conseguem bater esse tempo e acaba virando uma dor de cabeça inacreditável e quebra de confiança grande também.

Continuei a rotina de treino e via melhoras a cada dia mas também via o treino ficando cada vez mais "faca na caveira", fazendo eu ficar cada dia mais fisicamente esgotado durante os treinos.

Em maio, dia 17 mais especificamente, correríamos eu e a Mariana a 30ª Corrida da Tribuna, em Santos/SP,  circuito que tem apenas 10km, ao nivel do mar, totalmente plano, mas eu farei um review da prova em uma próxima oportunidade. No treinamento que antecedeu a prova, o Cido (treinador) disse que eu faria meu melhor tempo de 10km nessa prova, que eu poderia ficar confiante disso e depois contar pra ele. Bem, apenas para dar spoiler, eu fiz em menos de 60min os 10km!!

Para o post nao ficar muito longo, quero partir direto para as considerações finais e atualizações das marcas.

Treinar é super importante e sim, o treino faz excelentes atletas, assim como o talento nato também, porém é apenas com a combinação do treino levado a sério, aliado com o talento E a disposição que faz o campeão. Jack Daniels diz em seu livro "Formula de Corrida de Daniels" que existem diversos tipos de atletas, mas vou me focar apenas em dois: Os que são motivados, determinados, esforçados, treinados e talentosos e por causa disso viram grandes Campeões e lendários e os  determinados, esforçados, treinados e com uma grande vontade de superação, que compõe os bons atletas e que atingem também o estado de satisfação, mesmo que nunca se tornem grandes campeões.

Eu me encaixo evidentemente no segundo grupo e posso dizer que o treino foi o rebocador para que eu pudesse atingir minha satisfação e realização. Treinem, vale a pena, mas ninguém está dizendo que o treino é legal e empolgante no dia a dia e sim que a recompensa vale a pena.

E para atualizar as marcas, considerando os tempos oficiais de prova e não pelo meu relógio

  • Melhor marca para 1km: 4min09s
  • Melhor marca para 1 milha: 6min59s
  • Melhor marca para 5km: 27'35s (Corria Net Shoes) - 08/02/2015
  • Melhor marca para 6km: 34min21s (Corrida Tribuna) - 17/05/2015
  • Melhor marca para 10km: 58min59s (Corrida Tribuna) - 17/05/2015
 E os objetivos:
  • Fazer 5km em menos de 30 minutos;
  • Fazer 10km em menos de 1h10min;
  • Fazer uma meia maratona, independente do resultado, importante é completar. 
  • Correr a São Silvestre.